26.11.11

Da frustração como consciência

Hoje apercebi-me que tenho saudades de escrever. Tenho saudades de escrever e saudades de ter sobre o que escrever. Tenho saudades da pessoa que era no início deste ano, cheia de vontade de mudar o mundo. Não, isto não é um balanço de fim de ano nem tretas de mudança para o próximo. Nada muda com o ano. Vou ser a mesma pessoa a 1 de janeiro que era a 31 de dezembro. Mas o vice-versa não se aplica. A pessoa que eu era a 1 de janeiro, essa sim mudou. Mudou, e eu não gosto de como ficou. É uma pessoa demasiado acomodada, demasiado calada, demasiado resignada. Parece uma cinquentona mal casada que olha ao espelho e finge que não vê as rugas. E essa pessoa não sou eu. Nem cinquentona, nem mal casada, nem com rugas. Tenho de começar a ser mais a pessoa que realmente sou. Começar a falar mais. Começar a arriscar mais. Começar a escrever mais, e a agir mais. Estou cansada de pessoas caladas, e estou cansada de ser uma delas.

1 comentário:

Helena disse...

Olá!

Peço desculpa pela intromissão, mas... "ah, e vou começar a escreve mais, e tal, e coiso, e preciso de escrever, e menos calda, e mais interventiva...". E então? Estamos à espera! Vá lá, força, pega "na caneta"!