1.7.10

"É que uma pessoa pode viver bem sem comer, agora sem a vinhaça e a cigarrada é que não!"

Hoje entram em vigor as alterações nos impostos. Também não me agrada muito, mas não é exactamente isso que me traz aqui. O que me leva a escrever foi ter visto há pouco uma entrevista de rua feita para o Jornal da Uma da TVI. O entrevistado era um senhor, na casa dos 50, a quem a jornalista perguntava, tendo em conta o aumento do IVA e a redução dos ordenados, em que produtos iria cortar para conseguir manter um orçamento mensal razoável. E sai a bela da resposta (cito de memória): "Bem, vou cortar na alimentação, no vestuário, e estou a pensar começar a cortar no tabaco."
Sou eu que ando a ver mal ou isto é de uma estupidez que nem tem descrição possível? Primeiro corta-se na alimentação, que é o mais essencial de tudo, depois no vestuário, que também tem alguma importância, apesar de ser muito menor, e só depois se reduz o consumo de tabaco, que, sejamos realistas, só serve para destruir o corpo, ter mau hálito ou incomodar os outros com o fumo e o cheiro?
Depois admiram-se que Portugal tenha das taxas de poupança mais baixas da Europa. E das taxas de mortalidade por cancro do pulmão mais altas.

1 comentário:

Nikkita disse...

Infelizmente muita gente tem as prioridades trocadas... Nem consigo perceber como é que alguém corta no tabaco só "em último caso"... Pura idiotice, penso eu...



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