Isto começou por ser uma conversa com a minha namorada, que me pareceu fazer sentido enquanto texto. É talvez um desabafo. Por isso, aqui fica.
Eu pretendo sair de Portugal e procurar trabalho noutro país, num futuro eventualmente pouco distante. E os motivos que me levam a isso são muitos. Não é só a crise económica ou a discordância com as medidas políticas tomadas. É a consciência de que não pertenço aqui, o sentimento de ser necessária uma transformação social e mental de enormes dimensões para que Portugal, mais do que sair da crise, encontre um caminho.
Eu quero ir para um sítio onde tenha voz própria, onde não seja só um número de identificação. Não sou brilhante, nem pretendo ser, mas sei que sou boa no que faço. E por isso quero que me ouçam. De que me vale ser inteligente ou sensata, se vivo num país onde à partida me atiram para o desemprego ou me impossibilitam de ter voz pública porque não pertenço a um partido político?
Tenho um tempo de vida limitado, como toda a gente. E quero aproveitá-lo para fazer alguma coisa de remotamente útil, e que seja também interessante para mim. Se tenho possibilidade de escolha, então quero escolher. Se posso escolher entre ficar em Portugal, e ser desprezada, ou ir para outro sítio, e não ser tão desprezada, então eu vou escolher o sítio onde me ouvem, onde me dão valor.
O meu problema não é preguiça ou facilitismo. Tenho 21 anos e já fiz mais trabalhos diferentes que muita gente de 50; já fui mal paga, já fui um falso recibo verde. Mas sei que mereço mais (muitos patriotas e nacionalistas podem discordar do que vou dizer, mas eu não sou patriota nem nacionalista, nasci neste país por acaso): esta sociedade não merece o meu esforço.
Eu pretendo sair de Portugal e procurar trabalho noutro país, num futuro eventualmente pouco distante. E os motivos que me levam a isso são muitos. Não é só a crise económica ou a discordância com as medidas políticas tomadas. É a consciência de que não pertenço aqui, o sentimento de ser necessária uma transformação social e mental de enormes dimensões para que Portugal, mais do que sair da crise, encontre um caminho.
Eu quero ir para um sítio onde tenha voz própria, onde não seja só um número de identificação. Não sou brilhante, nem pretendo ser, mas sei que sou boa no que faço. E por isso quero que me ouçam. De que me vale ser inteligente ou sensata, se vivo num país onde à partida me atiram para o desemprego ou me impossibilitam de ter voz pública porque não pertenço a um partido político?
Tenho um tempo de vida limitado, como toda a gente. E quero aproveitá-lo para fazer alguma coisa de remotamente útil, e que seja também interessante para mim. Se tenho possibilidade de escolha, então quero escolher. Se posso escolher entre ficar em Portugal, e ser desprezada, ou ir para outro sítio, e não ser tão desprezada, então eu vou escolher o sítio onde me ouvem, onde me dão valor.
O meu problema não é preguiça ou facilitismo. Tenho 21 anos e já fiz mais trabalhos diferentes que muita gente de 50; já fui mal paga, já fui um falso recibo verde. Mas sei que mereço mais (muitos patriotas e nacionalistas podem discordar do que vou dizer, mas eu não sou patriota nem nacionalista, nasci neste país por acaso): esta sociedade não merece o meu esforço.
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