5.11.09

"Remember, remember, the 5th of november..."

Não me lembrava que dia era hoje. Calhei a ver o título de um post de um blog onde se referia o dia. E decidi "puxar a brasa à minha sardinha", para usar uma expressão muito portuguesa. Ou seja, decidi falar de História.
Hoje é dia 5 de novembro. Passaram 404 anos desde que, na noite de 5 de novembro de 1605, um grupo de conspiradores tentou fazer explodir o Parlamento em Londres, assassinando uma parte dos lordes e o rei Jaime I. Esse acontecimento ficou conhecido como a Conspiração da Pólvora (a página que aqui fica está em inglês porque a página em português é uma bela de uma porcaria, e sim, eu sei que não se deve usar a wikipedia, mas é o que tenho à mão). Perguntam vocês porque é que isto merece ser relembrado. O que torna especial essa conspiração, que acabou por falhar, é o seu motivo.
A Inglaterra era protestante desde 1534; desde essa altura os reis tinham alternado entre católicos e protestantes, mas Jaime I era profundamente protestante, reprimindo brutalmente os católicos. Os conspiradores de 1605, liderados por Robert Catesby, pretendiam pôr no trono a filha do rei, que seria religiosamente tolerante. O seu plano falhou porque, nessa noite, quando Guy Fawkes estava a terminar a tarefa de pôr os explosivos nos alicerces do edifício do Parlamento, um grupo de guardas apanhou-o. Tanto ele como os restantes conspiradores foram julgados e condenados à morte por enforcamento.
Mas tentaram. Lutaram por aquilo em que acreditavam. É claro que era um mundo diferente, muito diferente daquele em que vivemos. Mas ainda assim, a lógica principal mantêm-se. Lutar por aquilo em que acreditamos.

E já agora, porque acho bonito, fica aqui uma rima popular criada na época sobre a Conspiração de Guy Fawkes:
"Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder, treason and plot;
I know of no reason, why the gunpowder treason
Should ever be forgot."


E para quem não tem paciência para História porque acha uma seca, vejam o filme V for Vendetta, de James McTeigue, com Natalie Portman e Hugo Weaving, que trata desse tema de uma forma diferente, e que é um dos melhores filmes que já vi.

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