Hoje ao almoço comentava com a minha mãe uma notícia que saiu há uns tempos nos jornais, e que narrava algo como "a Igreja quer ver questão do casamento gay resolvida antes da visita do Papa" (resolvida para a Igreja quer dizer adiada por tempo indefinido, de preferência até que toda a gente esqueça o assunto e volte tudo a ser como o senhor jesus cristo manda; e nem vale a pena comentar o erro inacreditável que é a recorrente expressão casamento gay, por muito que levem nas orelhas muitos jornalistas preferem ser ignorantes eternamente). E a minha mãe perguntava-me o que raio tem a Igreja ou o Papa a ver com o assunto.
Não falamos de nós, porque ainda não é tempo disso. Ela sabe que eu sou homossexual e eu sei que ela sabe e, de alguma forma, cá nos vamos entendendo assim. Mas foi, sem dúvida, um dos meus melhores momentos dos últimos tempos ver a enorme indignação na cara da minha mãe ao dizer que todos os seres humanos têm o direito de fazer escolhas e casar com quem bem entenderem. São as pequenas coisas que nem tiram alguns pesos de cima.
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