Nas noites mais longas dessas viagens intermináveis, escrevia páginas e páginas com nomes de cidades abandonadas junto ao mar, e de plantas que provocavam alucinações. Depois queimava tudo.
O arranhar do lápis no papel subia pelas paredes e entranhava-se no corpo, feria a pele e abrigava-se atrás dos olhos. Nessas noites de silêncio ensurdecedor esperava por vozes que nunca chegavam, sentava-me à janela e imaginava as ruas que atravessaria no dia seguinte.
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