10.10.09

Lisboa anti-pátria da vida*

Tenho uma teoria (que não interessa a ninguém, eu sei, mas que vou dizer na mesma) sobre Portugal. Eu gosto de Portugal, e por isso mesmo estou a estudar a sua história. Mas não gosto muito dos portugueses. São um povo estranho, sempre a queixar-se de tudo, sempre resignado. Vi no outro dia uma frase, atribuída a Júlio César, o imperador romano, que me pareceu fazer mesmo sentido: "Há, nos confins da Ibéria, um povo que não se governa nem deixa governar". Parece-me que é assim que os portugueses são.
E vem isto a propósito de Lisboa. Em relação a Lisboa tenho o mesmo sentimento que tenho em relação a Portugal, gosto do local, gosto das vistas e da luz, gosto daqueles sítios que nos tiram o fôlego, gosto das ruas estreitas e das grandes avenidas. Mas não gosto das pessoas.
Agora encontrei este texto. E voltei a sentir o mesmo. Eu gosto de Lisboa, gosto de todos os seus detalhes. E se calhar as pessoas não são assim tão más. Mas só se calhar.
*verso de Sophia de Mello Breyner Andresen

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