18.10.09

Vou chamar Torpécia à minha filha, nome mai lindo não há!

Hoje peguei no jornal e dei com esta notícia. A dita refere-se a um processo que se arrasta nos tribunais, iniciado por uma família que queria chamar ao seu filho Diego, e que não pode porque é proibido dar esse nome a uma criança portuguesa cujos pais não tenham origem estrangeira. O argumento é o de que "qualquer inversão desta relação entre nomes e nacionalidade é tida como perturbadora", sendo que neste caso o nome tem origem castelhana. Perturbadora é uma palavra interessante. Ver milhares de pessoas a dormir nas ruas deste pais é perturbador. Ver a falta de respeito que a grande maioria das pessoas mostra é perturbador. Um miúdo português chamar-se Diego não me parece particularmente perturbador. Eu, na minha enorme ignorância, acho que o miúdo não se vai sentir um espanhol puro, adepto do Barcelona e que só come tapas, por ter um nome de origem castelhana. E também me parece que tentar proteger a cultura portuguesa através de decisões jurídicas destas é simplesmente ridículo. Preocupem-se em reabilitar os monumentos nacionais ou alguma coisa assim, essas coisas sem importância nenhuma.
Mas achei interessante que fossem apresentados alguns nomes permitidos para registo na notícia, "Adonai, Vitiza, Solângia ou Pégui". O primeiro e o último são aportuguesamentos de nomes estrangeiros. Agora o segundo e o terceiro não são. Eu, por acaso, tenho conhecimento da origem do nome Vitiza, mas português não é e isso garanto: é um nome de origem visigoda, ou seja, germânica. E Solângia, que raio é isso?
Eu, como sou extremamente curiosa, decidi ir saber que nomes são permitidos. E fiquei parva. Diego não é permitido, mas Cizina, Geisa, Gabínio ou Rolende são, entre muitos outros. Vejam a lista. E aproveitem para rir. Umas boas gargalhadas fazem sempre bem.
P.S.:Não se pretende com este texto ofender pessoas que tenham nomes incomuns. Se algum dos leitores tiver um dos nomes aqui referidos, pede-se desculpa pela utilização.

2 comentários:

Rita disse...

Eu, se pudesse ter uma filha, chamar-lhe-ia Ocorrência. Assim nunca tinha problemas de falta de babysitting.. sempre que a miúda não pudesse ficar na cresce era só passar por uma qualquer esquadra de polícia e pronto... o que lá não falta é gente que diz à boca cheia que vai tomar conta da Ocorrência... :P

Papoila e Orquídea disse...

Ah Ah Ah!